• Ciência, terapêuticas digitais, arte e tecnologia
Ciência, terapêuticas digitais, arte e tecnologia
Metamersion: Healing Algorithms
Fundação Champalimaud

O ciclo de eventos onde as terapêuticas digitais, a investigação científica, o desenvolvimento tecnológico e a arte multimédia se encontram

Exposição com instalações imersivas

16, 17 & 18 de maio

The Warehouse



 

O evento é gratuito, mas é necessário registar-se aqui para participar.

Descarregue o programa completo aqui.

Bilhetes para os concertos multimédia disponíveis neste link.

 

Metamersion, o ciclo de eventos que combinam terapêutica digital, investigação científica, desenvolvimento tecnológico e arte multimédia, está de volta!

Para a terceira edição - Metamersion: Healing Algorithms, convidamos o público a explorar um espaço onde as fronteiras entre a experiência humana, a Inteligência Artificial (IA) generativa e a tecnologia de ponta se encontram. Este ciclo faz parte de uma iniciativa mais ampla da Fundação Champalimaud para estabelecer o novo Centro de Terapêutica Digital, integrando percepção e movimento para investigação fundamental e cuidados de saúde.

Durante três dias, o evento Healing Algorithms irá apresentar protótipos de experiências e obras de arte, baseadas em investigação fundamental desenvolvida no Centro Champalimaud, utilizando IA generativa, neurociência computacional e outras tecnologias inovadoras. Poderão ainda participar em espectáculos de dança, mesas redondas e concertos multimedia.

Esta edição do Metamersion oferece simulações que desvendam diferentes camadas da cognição humana, incorporando virtualmente agentes digitais para aprofundar a compreensão da mente e do corpo humanos. Junte-se a nós nesta exploração multidimensional, que esperamos possa moldar o futuro das experiências de saúde.

 

Programa Resumo para os dias 16, 17 e 18 de maio:

  • Instalações imersivas, experiências de realidade virtual, terapêuticas digitais e peças de arte: 19h-24h

  • Mesas redondas: 19h

  • Espectáculos de dança multimédia: 20:30 e 21:30

  • Concertos multimedia: 22:30

 

Food & Drinks

Ementa criada pelos chefs João Augusto e Filipe Camacho, em colaboração com IA.

Bebidas por Flamingo Boémio com um cocktail especial criado em colaboração com IA.

Sobre o Metamersion

Uma série de eventos para explorar sinergias entre ciência, arte e tecnologia, ao serviço da saúde humana e do conhecimento

Metamersion

Metamersion é uma série de eventos abertos ao público que combinam investigação científica, avanços de tecnologias de ponta e arte multimédia, com a missão de melhorar a saúde humana através de terapêuticas digitais. Baseada na IA e noutras tecnologias digitais inovadoras, estes eventos redefinem a intersecção entre a saúde, a ciência e a arte.

O evento Metamersion decorre na Warehouse, em Lisboa (junto ao  Centro Champalimaud), é gratuito e aberto ao público. O público poderá ter experiências imersivas físicas e digitais, nas fronteiras entre a ciência, a arte e a tecnologia. Convidamos todos a refletir sobre o modo como estas experiências podem moldar as nossas ações e comportamentos presentes e futuros, assim como melhorar a nossa saúde e bem-estar.

A origem do nome Metamersion

A palavra Metamersion combina dois conceitos: metameros (metamers) – estímulos que parecem iguais, mas possuem características físicas diferentes, e imersão (immersion) – um estado de envolvimento mental profundo e continuado. Os metameros de cores revelaram a nossa visão tricromática muito antes de compreendermos a sua base científica. As tecnologias imersivas, como a realidade virtual e aumentada, a captura de movimento de corpo inteiro e os videojogos têm efeitos psicológicos e físicos benéficos, que são atualmente alvo de estudo.

Sobre o Champalimaud Warehouse

O novo Centro de Terapêutica Digital

The Warehouse

A Fundação Champalimaud está determinada a estabelecer um centro para terapêuticas digitais. Terapêuticas digitais refere-se ao software como medicamento, uma abordagem não farmacológica para modificar o curso das doenças. O centro integrará investigação fundamental em neurociências, investigação sobre o comportamento humano e novas tecnologias para promover a saúde humana.

Protótipo de Terapêuticas Digitais

From Trauma to Healing

From Trauma to Healing” é uma coleção de músicas e curtas-metragens de animação destinadas a guiar o público em uma jornada por diferentes estados mentais. Em estreita colaboração com a "The School of Life" e o escritor Alain de Botton, a Universal Everything criou representações minimalistas desses estados mentais para complementar dez composições musicais compostas pelo designer de som Simon Pyke. Cada filme representa fases importantes que os indivíduos podem experimentar enquanto navegam estados psicológicos atribulados, até uma eventual compreensão, recuperação e melhora. Os filmes apresentam arranjos coreografados de pontos gráficos minimalistas, criando performances dinâmicas e que suscitam a atenção. Foram pensados para uso tanto digital quanto em espaços terapêuticos.

Comissionado por The School of Life

 

Universal Everything (UK): coletivo de artistas multimédia, designers experientes e criadores de futuro.

Submersion

Peças de arte em exposição

MindPod Dolphin

Machine learning

Podem os humanos ensinar as máquinas a moverem-se?
Machine Learning é o segundo conjunto de filmes, parte da série Hype Cycle. Baseia-se em experiências anteriores com estudos de movimento e pergunta: quando é que as máquinas alcançarão a agilidade humana? Num estúdio de dança espaçoso, uma bailarina ensina uma série de robôs a moverem-se. À medida que as capacidades dos robôs evoluem da mímica instável para a mestria composta, surge um diálogo físico entre o homem e a máquina - imitando, equilibrando, desafiando, competindo, ultrapassando.
Conseguirá o robô acompanhar o dançarino? Em que momento é que o robô supera o bailarino? Será que um robô alguma vez atuaria apenas por prazer? Será que dar um nome a uma máquina lhe dá uma alma? Estas interações homem-máquina são inspiradas nos gráficos de tendências do Hype Cycle produzidos pela Gartner Research, uma tentativa corajosa de prever as expectativas e desilusões futuras, à medida que as novas tecnologias chegam ao mercado.

 

Universal Everything (UK): coletivo de artistas multimédia, designers experientes e criadores de futuro.

 

My Word

Quem define quem somos? O que acontece quando as imagens traem as nossas palavras? Como é que sobrevivemos num mundo que nos interpreta mal constantemente? "My Word" é um projeto de criação audiovisual baseado na inteligência artificial em que uma mulher nos mostra o seu percurso para se definir.

"My Word" é um projeto baseado na tecnologia LDM (text-to-image latent diffusion model) que utiliza preconceitos implícitos na tecnologia para fazer parte do debate sobre os preconceitos inconscientes gerados pelo sistema patriarcal e colonial. Parte de uma investigação criativa das atuais ferramentas desenvolvidas para relacionar a criação da imaginação com as novas apostas da Inteligência Artificial.

 

Carme Puche Morè (ES): realizadora e ativista.

Submersion
MindPod Dolphin

All around you

Será possível traduzir alguns dos princípios subjacentes à investigação em RV, IA e imersão para a coreografia, sem utilizar qualquer aparelho tecnológico? Como é que a tecnologia está a influenciar a forma como os coreógrafos percepcionam e criam movimento?

Com estas questões em mente, "All around you" é uma performance que guia um membro do público de cada vez, através de um percurso no espaço da exposição Metamersion. Baseia-se apenas no corpo, na voz e em ações simples, para criar uma espécie de experiência imersiva.

Esta performance apela à participação ativa do público e, em certa medida, depende dele para existir. Pode ser visto como um diálogo íntimo entre intérpretes e público, mas onde os papéis por vezes se confundem, porque ambos criam e são influenciados pelo que o outro cria, tornando cada espetáculo pessoal e único.

 

Sofia Dias & Vítor Roriz (PT): dupla de artistas/coreógrafos em colaboração desde 2006. Atualmente artistas em residência na Fundação Champalimaud, no âmbito da iniciativa Bridges to the unknown.

Mesas redondas

Performance e movimento corporal - 16 maio: Quais são as implicações da medição e melhoria de performance em diferentes áreas? Vamos discutir o conceito de performance em vários domínios de investigação e prática, desde a ciência ao desporto e às artes.
Moderador: Joe Paton (Diretor do programa de investigação de neurociências na Fundação Champalimaud)
Convidados/as: João Brito (Diretor de performance e investigação na Federação Portuguesa de Futebol), Sofia Dias & Vítor Roriz (Bailarinos e coreógrafos), Josefa Domingos (Fisioterapeuta de doença de Parkinson e distúrbios de movimento) e Marta Moita (Investigadora principal na Fundação Champalimaud).

Imersão - 17 maio: Como podemos criar ambientes imersivos usando tecnologia, psicadélicos ou peças artísticas? Vamos explorar as intersecções entre o comportamento humano, as terapêuticas digitais e as artes em contextos imersivos.
Moderador: John Krakauer (Neurologista e professor na Universidade Johns Hopkins e investigador na Fundação Champalimaud)
Convidados/as: Claire Cook (Universal Everything), Zach Mainen (Investigator principal na Fundação Champalimaud), Opiyo Okach (Bailarino e coreógrafo) e nome a confirmar (Mindmaze)

Ética em IA - 18 maio: Quais são os desafios éticos da utilização da IA? Podemos desenvolver modelos de IA que respeitem a privacidade, a igualdade e a inclusão? Vamos aprofundar estas questões e explorar preocupações e desafios éticos proeminentes, incluindo a proteção de dados, a privacidade, a propriedade intelectual e alguns tópicos associados à aplicação da IA na investigação, na biomedicina e nas artes.
Moderador: Helena Moniz (Chair of the Ethics Committee for the Center for Responsible AI)
Convidados/as: Iakovina Kindylidi (Advogada na Vieira de Almeida), André Valente (Membro do Comité de Ética da Fundação Champalimaud), Daniel McNamee (Investigator principal na Fundação Champalimaud) e Carmen Puche Moré (Artista e realizadora).

Submersion

Instalações imersivas em exposição

Peças de arte-ciência-tecnologia

ConsonâncIA

ConsonâncIA

Como será o futuro da saúde humana num mundo onde os humanos não são os únicos a falar e a decidir?

A instalação imersiva ConsonâncIA apresenta uma experiência que perturba o espaço a partir do qual obtemos respostas a essa pergunta e onde o público será imerso na intersecção entre a inteligência das máquinas e a expressão humana. Perguntas como "Será que a nossa dor e o que significa a sua ausência serão compreendidos melhor?"; "Será que a máquina compreendeu a nossa dor colectiva?"; "Será que nos ajudou a compreender a dor uns dos outros?", serão o ponto de partida.

A ConsonâncIA oferecerá uma amálgama visualmente deslumbrante e interativa das identidades que constituem os visitantes do Metamersion. À medida os participantes partilham mais sobre si próprios com a máquina, de forma pessoal e privada, uma representação visual que compõe o que a máquina entende sobre eles irá inevitavelmente mudar. Estas alterações irão expressar as formas que a máquina acredita representarem as experiências de dor dos participantes e a forma como se relacionam com os outros à sua volta. A inteligência desta máquina poderá ter a curiosidade de compreender uma pessoa em particular e nesse momento convidá-la a entrar no seu interior, onde terá lugar uma outra experiência imersiva.


Team

  • Eric Lacosse (EUA): investigador da Fundação Champalimaud; co-líder do projeto;
  • Filipe Mendes (PT): developer de dispositivos de investigação na Fundação Champalimaud e criativo na construção de instalações, peças de arte interativas e exposições; co-líder do projeto;
  • Leonardo Leitão (PT): engenheiro de software autodidata a trabalhar na Fundação Champalimaud;
  • Cláudia Ribeiro (PT): docente e coordenadora da licenciatura no IADE - Creative University, especializada na convergência da Arte & Ciência e investigação em arte generativa, RV e projection mapping;
  • Rui Rodrigues (PT): músico ligado à nova música tradicional e à música eletrónica, docente no IPCB e estudante de Computação Criativa e Inteligência Artificial no IADE;
  • Nico Espinoza (CL): artista sonoro interessado nas tensões sociopolíticas entre a abstração universal e a experiência local presentes nos discursos contemporâneos sobre cognição, ecologia e tecnologia; atualmente artista residente na Fundação Champalimaud, no contexto da iniciativa Bridges to the unknown;
  • Lydia Neto (DE/PT): técnica de investigação em neurociências, interessada em combinar o talento criativo com as atividades científicas, mostrando as possibilidades emocionantes da intersecção entre a arte e as neurociências cognitivas.

Submersion

Poderá a IA teletransportar-nos para um mundo criado por ela própria?

O Submersion convida os participantes a testemunharem a sua própria transformação em seres surreais para além da imaginação. Esta instalação apresenta um grande ecrã de projeção que capta a imagem dos participantes através de uma câmara. Um algoritmo de IA funde as imagens com um mundo fantástico que cria, dando a ilusão de teletransporte, ao mesmo tempo que espelha os movimentos reais, tornando os visitantes parte desta realidade onírica. À medida que as pessoas se movem, encarnam avatares e figuras nascidas da imaginação da IA, explorando estas novas dimensões como se fossem as suas.

Este trabalho tem por base algoritmos de difusão destilados e redes de controlo para produzir imagens geradas por IA, moldadas pela informação que entra na câmara. A geração de imagens desta instalação resulta de um processo de aceleração, hoje 1000 vezes mais rápido do que aquilo que era tecnicamente possível há apenas um ano atrás.



Equipa

  • Immersive AI Systems (DE/PT): grupo de trabalho do Centro de Terapêuticas Digitais da Fundação Champalimaud, que desenvolve sistemas imersivos de IA para terapêuticas digitais;
  • Lunar Ring (DE):  coletivo de arte-ciência que explora novas formas de criatividade entre humanos e IA.
Submersion
Oceans of mind

Oceans of Mind

Entrem num reino onde as fronteiras entre a realidade e a virtualidade se encontram. A obra apresenta uma simulação interativa do diálogo humano, em que estados psicológicos internos, como a intenção ou a emoção, conduzem a conversa. A simulação foi concebida para expor os meandros do comportamento e da cognição humanos e desvendar as bases mentais e emocionais, muitas vezes ilusórias, que impulsionam o nosso comportamento.

O objetivo da simulação é construir uma interação em circuito fechado, através da qual os visitantes podem interagir com agentes artificiais, co-experienciá-los, co-orientá-los e incorporá-los virtualmente. Ao fazê-lo, é criado um ambiente digital seguro e versátil, que permite ao(s) utilizador(es) abordar estados psicológicos difíceis, como o trauma, a ansiedade social e as fobias, revivendo essas experiências através dos agentes.



Equipa

  • Immersive AI Systems (DE/PT): grupo de trabalho do Centro de Terapêuticas Digitais da Fundação Champalimaud, que desenvolve sistemas imersivos de IA para terapêuticas digitais;
  • Lunar Ring (DE):  coletivo de arte-ciência que explora novas formas de criatividade entre humanos e IA.

Altered Reflections

Quando um espelho revela mais do que o seu reflexo, como é que ele remodela a sua auto-perceção? Descubra um mundo onde o familiar se torna, de modo intrigante, desconhecido.

Esta instalação apresenta uma experiência interactiva única, em que os visitantes se deparam com um espelho aparentemente normal. À medida que se observam, ocorrem mudanças no seu reflexo. Estas alterações graduais desafiam a perceção que o espetador tem de si próprio, criando uma interação instigante entre a realidade e a manipulação digital. É uma exploração da identidade e da natureza fluida da nossa auto-imagem, convidando à reflexão sobre a forma como nos vemos e a facilidade com que esta visão pode ser alterada.

Esta instalação aproveita algoritmos de difusão destilados e redes de controlo para produzir imagens geradas por IA, moldadas pelas entradas da câmara.

Equipa

  • Immersive AI Systems (DE/PT): grupo de trabalho do Centro de Terapêuticas Digitais da Fundação Champalimaud, que desenvolve sistemas imersivos de IA para terapêuticas digitais;
  • Lunar Ring (DE):  coletivo de arte-ciência que explora novas formas de criatividade entre humanos e IA;
  • Joe Paton (EUA): neurocientista e diretor do Champalimaud Neuroscience Research, estuda mecanismos neurais de aprendizagem, de tomada de decisões, de seleção de ações.

Chatsubo

Imaginem um mundo repleto de agentes de IA: companheiros animados, mas com vida própria. No bar do futuro, mergulhem em conversas com o Saramago IA, a Madonna IA e os vossos próprios IA, onde o real e o artificial se confundem num ambiente inebriante. Neste bar cyberpunk da vida real, os clientes interagem com os agentes de IA em diálogos interessantes. Avatares que espelham os visitantes também se aventuram no bar para se misturarem, tecendo uma camada extra de virtualidade, num ambiente de diversão retro-futurista, estranheza e maravilha. O projeto utiliza um conjunto de ferramentas de IA para criar agentes interativos ao vivo, com perfis únicos e um toque criativo, mostrando como algumas das mais loucas ficções se podem tornar realidade.

Equipa

  • Carlos Stein (BR/PT): neurocientista computacional que investiga a intersecção entre inteligência artificial e biológica;
  • Mariana Duarte (PT): médica a trabalhar no seu mestrado em neurociências, interessada em investigar a interação entre humanos e IA para promover a saúde e a auto-exploração;
  • Alex Farac (EUA/PT): neuro-artista que cria instalações multimédia que exploram a ciência, a sociedade e a tecnologia.

Manifold Time

Poderá uma experiência coletiva imersiva moldar as representações matemáticas de dados complexos do cérebro?

Manifold time é uma instalação interativa sobre relações coletivas entre humanos e não-humanos explorando técnicas de sonificação e visualização informadas por algoritmos em tempo real, desenvolvidos na Fundação Champalimaud. A presença humana e os movimentos do corpo são transformados numa experiência audiovisual espacial, estabelecendo um sistema auto-organizado que questiona a possibilidade criativa da nossa relação com o espaço, o cérebro e a tecnologia.

Equipa

  • Il Memming Park (US/KR/PT): neuro-tecnologista que utiliza a aprendizagem automática para descobrir como o cérebro funciona de baixo para cima;
  • Nico Espinoza (CL): artista sonoro interessado nas tensões sociopolíticas entre a abstração universal e a experiência local presentes nos discursos contemporâneos sobre cognição, ecologia e tecnologia. Atualmente artista em residência na Fundação Champalimaud, no contexto da iniciativa Bridges to the unknown;
  • Hyungju Jeon (KR): estudante de doutoramento no laboratório Neural Dynamics da Fundação Champalimaud.

Experiências de realidade virtual

Virtual deformations

Preparados para entrar num mundo virtual, onde a engenhosidade desafia os limites do raciocínio humano?
Neste ambiente imersivo de realidade virtual, será possível interagir com um fluido e plasticina para resolver desafios de vários níveis de dificuldade. O objetivo é esculpir formas 3D a partir de plasticina virtual enquanto se conduz estrategicamente o fluido para determinados depósitos.

Esta experiência explora a cognição humana e a capacidade de resolução de problemas, analisando a complexa relação entre os gestos das mãos e os movimentos dos olhos, de modo a entender as intenções subjacentes a cada ação.

Equipa

  • Daniel McNamee (IRL): neurocientista computacional interessado na base neural da cognição;
  • Sara Monteiro (PT): estudante de mestrado interessada em como integrar a memória e as intenções com a tecnologia para melhorar as tarefas quotidianas.
Real-time virtual physical deformations

Synth Riders - Digital Dance Therapy

Em colaboração entre a Kluge Interactive e a Fundação Champalimaud, "Synth Riders - Digital Dance Therapy" demonstra como a realidade virtual imersiva e a inteligência artificial podem combinar dança, exercício e ciências cognitivas. Através da convergência destes métodos de auto-compreensão, esta experiência mostra como a tecnologia emergente pode fornecer informações precisas sobre o comportamento e a saúde, enquanto se brinca e se explora.

Equipa

  • Scott Rennie (IE/PT): neurocientista que trabalha na criação de experiências imersivas focadas na exploração do comportamento humano e da fenomenologia;
  • Prannay Reddy (IN/PT): estudante de doutoramento em neurociências, que gosta de fazer vídeos de divulgação científica;
  • Lydia Neto (DE/PT): técnica de investigação em neurociências, interessada em combinar o talento criativo com as atividades científicas, mostrando as possibilidades emocionantes da intersecção entre a arte e as neurociências cognitivas.

Performances de dança multimédia

Psychoactive Surface

Psychoactive Surface

Ouvimos frequentemente que a IA deve servir a humanidade como uma ferramenta e que é, atualmente, amplamente utilizada para nos manipular. Mas será que a relação pode ser de um tipo diferente, uma relação criativa e lúdica, em que um inspira o outro sem lutar pelo controlo? Poderá a IA ser um instrumento em vez de uma ferramenta, um parceiro de dança em vez de um manipulador, um cavalo selvagem em vez de um escravo?

Nesta instalação interativa, os movimentos humanos e a música são associados a algoritmos visuais generativos de IA. Vários sistemas humanos e de IA envolvem-se neste ciclo de feedback, co-criando fantásticas paisagens audiovisuais de sonho. Na fronteira entre o controlo e o abandono, cada lado pode aprender a interpretar e inspirar o outro, dando espaço a fenómenos emergentes imprevisíveis.

Serão apresentadas várias atuações - acústicas e de dança - umas em que os artistas praticaram/ensaiaram intensamente com a máquina, outras onde é dado espaço à improvisação e à espontaneidade.

Equipa

  • Immersive AI Systems (DE/PT): grupo de trabalho do Centro de Terapêuticas Digitais da Fundação Champalimaud, que desenvolve sistemas imersivos de IA para terapêuticas digitais;
  • Lunar Ring (DE):  coletivo de arte-ciência que explora novas formas de criatividade entre humanos e IA;
  • Nico Espinoza (CL): artista sonoro interessado nas tensões sociopolíticas entre a abstração universal e a experiência local presentes nos discursos contemporâneos sobre cognição, ecologia e tecnologia. Atualmente artista em residência na Fundação Champalimaud, no contexto da iniciativa Bridges to the unknown;
  • Opiyo Okach (KE): bailarino, coreógrafo e diretor artístico do GaaraProject, divide o seu tempo e desenvolve o seu trabalho entre a França e o Quénia.

Overparameterized Time

Poderão os nossos sentidos ajudar-nos a compreender representações matemáticas de dados complexos do cérebro? Que tipos de experiências seriam mais adequadas para estimular os nossos sentidos durante esta tarefa?

Overparameterized Time é uma peça audiovisual imersiva que explora os possíveis significados que se podem dar a dados científicos, resultantes da gravação de sinais de neurónios, previamente recolhidos em laboratório. Partindo de dados analógicos e digitais que moldaram a história das neurociências de sistemas, uma narrativa mistura-se com os sons e as imagens informados por algoritmos em tempo real, desenvolvidos na Fundação Champalimaud. Esta peça inclui uma performance de dança, que permite aos participantes navegar por diferentes dimensões de representação dos dados neuronais, que aparentemente parecem ser aleatórios.

Equipa

  • Il Memming Park (US/KR/PT): neuro-tecnologista que utiliza a aprendizagem automática para descobrir como o cérebro funciona de baixo para cima; investigador principal do laboratório Neural Dynamics na Fundação Champalimaud;
  • Nico Espinoza (CL): artista sonoro interessado nas tensões sociopolíticas entre a abstração universal e a experiência local presentes nos discursos contemporâneos sobre cognição, ecologia e tecnologia; atualmente artista residente na Fundação Champalimaud, no contexto da iniciativa Bridges to the unknown;
  • Hyungju Jeon (KR): estudante de doutoramento no laboratório Neural Dynamics Lab da Fundação Champalimaud.
Overparameterized Time

Concertos multimédia

MindPod Dolphin

Curadoria dos espectáculos de música feita por Revolve.

  • Rita Silva @ Psychoactive Surface - 16 maio

Rita Silva (PT): jovem compositora e instrumentista, faz improvisação com sintetizadores modulares e técnicas generativas de programação.

  • Ricardo Martins @ Psychoactive Surface - 17 maio

Ricardo Martins (PT): baterista de energia singular, com uma assinatura pós-punk, trabalhou em vários projetos como Papaya, Jibóia, Filho da Mãe & Ricardo Martins e Chão Maior.

  • Jonathan Uliel Saldanha, Atavic Forest 2.0 (fotografia do lado esquerdo, por João Octávio Peixoto) @ Psychoactive Surface - 18 maio

Jonathan Uliel Saldanha (PT): artista sonoro e cénico que trabalha com pré-linguagens, dub, cristalização, percussão, alopoiese, animismo e eco.

Bilhetes disponíveis online (link aqui) e no local, no dia dos concertos. O valor reverte para os artistas.

Com o apoio: 

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