13 Novembro 2024

Concurso CaixaResearch atribui financiamento a investigadores da FC, GIMM e i3S

Cinco Investigadores Principais de três instituições — a Fundação Champalimaud (FC), a Fundação GIMM (Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular) e o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) — garantiram financiamento através do Concurso CaixaResearch de Investigação em Saúde 2024 para o avanço de estudos sobre os mecanismos de dormência da metástase, a modulação do sistema imunitário em resposta a doenças infecciosas e inflamatórias, interações hospedeiro-parasita e o tratamento e erradicação da tuberculose.

Concurso CaixaResearch atribui financiamento a investigadores da FC, GIMM e i3S

Para esta edição do concurso foram selecionados um total de nove inovadores projetos em biomedicina e saúde liderados por instituições de investigação em Portugal. A par da FC, do GIMM e do i3S, foram também atribuídos prémios a projetos do Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier da Universidade Nova de Lisboa (ITQB NOVA), do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde (ICVS) e do Instituto de Biomedicina (iBiMED). Estes nove projetos selecionados irão receber mais de 7,6 milhões de euros de apoio, um  financiamento que vem sublinhar o compromisso da Fundação “la Caixa” no apoio de projetos de excelência que possam beneficiar significativamente a saúde pública.

De seguida poderá ser encontrada mais informação sobre os cinco vencedores da FC, GIMM e i3S e respetivos projetos.


Ana Luísa Correia, CF

Dinâmica espaço-temporal do microambiente nas metástases do cancro da mama

A mortalidade por cancro resulta quase exclusivamente da metástase de tumores em locais distantes. Muitos doentes com cancro da mama experienciam um longo intervalo (anos a décadas) entre o diagnóstico do tumor primário e a deteção de metástases em órgãos distantes. Esta pausa na progressão decorre de células tumorais disseminadas que entram em dormência até se adaptarem ao novo microambiente e despertarem como metástases. Como a recorrência metastática continua a ser em grande parte incurável, compreender como o microambiente desencadeia a transição das células tumorais disseminadas da dormência para o crescimento metastático é um dos grandes desafios da investigação oncológica atual.

DynaMet mapeará o panorama dos microambientes que suportam ou inibem  metástases nos dois locais mais comuns e mortais de metástase do cancro da mama (fígado e osso), tanto em modelos de ratinhos como em seres humanos. Combinando a experiência única dos laboratórios liderados por Ana Luísa Correia na FC e Neta Erez na Universidade de Tel Aviv no estudo da biologia da metástase, este projeto procura identificar onde e quando o microambiente de cada órgão se altera para facilitar o crescimento metastático. “A nossa abordagem multidisciplinar vai além do estudo convencional de tipos celulares ou fatores isolados, proporcionando uma visão mecanística global de como a fisiologia, a arquitetura e as células residentes específicas de cada órgão determinam a eficiência metastática”, explica Ana Luísa. “Ao revelar um novo papel da organização anatómica no controlo da dormência e na emergência das metástases, o DynaMet transformará a nossa compreensão do passo crítico da metástase e de como o abordamos terapeuticamente”.

Ana Luísa afirma: “O apoio da Fundação La Caixa abrirá caminho para compreender e interceptar a formação de metástases, informando uma nova classe de terapias baseadas no microambiente e adaptadas às características específicas da metástase em cada órgão. A nossa abordagem tem o potencial de catalisar uma mudança de paradigma no tratamento do cancro, ao redirecionar esforços do tratamento de metástases para a prevenção eficaz do seu aparecimento”.

Bio: Ana Luísa Correia licenciou-se em Biologia Aplicada pela Universidade do Minho, em Portugal. Como estudante do programa GABBA, viajou para a Califórnia, EUA, para realizar os seus estudos de doutoramento sobre o papel do microambiente na invasão de células mamárias. Como Bolseira de Pós-Doutoramento da Organização Europeia de Biologia Molecular (EMBO) no Instituto Friedrich Miescher e na Universidade de Basileia, na Suíça, foi pioneira na investigação sobre mecanismos que controlam a metástase do cancro da mama para órgãos específicos. Ana Luísa lidera agora o Laboratório de Dormência e Imunidade no Cancro na FC, onde a sua equipa procura compreender o que torna um órgão favorável ou não à metástase e aplicar esse conhecimento no desenvolvimento de intervenções terapêuticas que previnam de forma eficaz o surgimento de metástases em pacientes oncológicos. Ana Luísa já recebeu vários prémios internacionais (Prémio de Investigação em Metástase 2021, Prémio Pfizer Oncologia 2022, AACR 2022 NextGen Stars), é Young Investigator EMBO e participa ativamente nas associações americana, europeia e portuguesa de Investigação em Cancro (AACR, EACR e ASPIC) e na Sociedade de Investigação em Metástase.


Bruno Silva-Santos, GIMM

Novos reguladores da diferenciação e ativação de subgrupos de células T gama-delta em infeções

As doenças infecciosas como a malária ou a tuberculose continuam a ser um grande problema a nível mundial, pois as vacinas disponíveis não conseguem prevenir completamente a infecção nem erradicar a doença. Para que existam novos avanços nesta área, é essencial compreender melhor o sistema imunitário e a organização de respostas protetoras contra estes microrganismos. Bruno Silva-Santos trabalha há vários anos num tipo específico de células do sistema imunitário, as células T gama-delta, que proliferam muito em resposta a malária ou tuberculose. Apesar de estarem associadas a estas doenças, atualmente não existem formas de manipular a sua resposta para benefício do hospedeiro.

Neste projeto, agora financiado pela Fundação “la Caixa”, os investigadores vão identificar moléculas nas células T gama-delta que possam servir como novos alvos terapêuticos. O foco do trabalho será nas moléculas envolvidas em processos cruciais nestas células, como a sua ativação e diferenciação, estudando, por exemplo, os mecanismos que permitem às células T gama-delta responderem a infecções através da produção de hormonas imunes especiais, as citocinas. Com o desenvolvimento deste projeto, os investigadores esperam descobrir novas estratégias moleculares para mobilizar o tipo desejado de resposta das células T gama-delta em diferentes patologias, o que pode abrir novas e mais eficazes estratégias para o controlo destas infeções complexas.
"Este projeto permitirá investigar um subgrupo de células imunes pouco compreendido, as células T gama-delta, no contexto das doenças infecciosas, com o objetivo de potenciar os seus papéis protetores e reduzir efeitos inflamatórios potencialmente prejudiciais. Para o meu grupo, que se dedica principalmente à imunoterapia contra o cancro, este financiamento vai permitir direcionar parte da equipa para as doenças infecciosas, ampliando assim o impacto global da nossa investigação”, diz Bruno Silva-Santos.

Bio: Bruno Silva-Santos é Investigador Principal no Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular e Professor Catedrático e Diretor de Imuno-Oncologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Atualmente, exerce também o cargo de Presidente da Sociedade Portuguesa de Imunologia (SPI). Completou o seu doutoramento em Imunologia no University College London em 2002, com investigação realizada no Cancer Research UK (The London Research Institute), e realizou um pós-doutoramento no King’s College London antes de fundar o seu próprio grupo em Lisboa, em 2006. A sua investigação, focada principalmente nas células T gama-delta, foi financiada pelo Conselho Europeu de Investigação (2010, 2015) e pela Fundação “la Caixa” (2020, 2024), e inclui mais de 120 artigos publicados em importantes revistas internacionais com revisão por pares. Em 2019, foi eleito Membro da Organização Europeia de Biologia Molecular (EMBO) em reconhecimento pelas suas contribuições científicas. O seu trabalho patenteado sobre as “células Delta One T (DOT)” levou à criação da start-up de imunoterapia contra o cancro Lymphact. A tecnologia patenteada da Lymphact foi adquirida pela Takeda Pharmaceutical em 2022 e encontra-se atualmente em testes clínicos nos EUA (NCT05886491).

Luísa Figueiredo, GIMM

Decifrar as Interações dos Tripanossomas com a Vasculatura do Hospedeiro

Certos parasitas, células do sistema imunitário ou células tumorais, viajam pela circulação  e atravessam os vasos sanguíneos para invadir órgãos. O parasita Trypanosoma brucei, responsável por doenças fatais em África, atravessa os vasos sanguíneos e invade diversos órgãos, como o tecido adiposo e o cérebro. Esta capacidade permite que o parasita se esconda dentro dos órgãos, dificultando o diagnóstico e agravando as consequências da doença. Neste projeto, os investigadores têm como objetivo identificar genes do parasita que facilitam a travessia dos vasos sanguíneos, compreender as alterações nos vasos durante a infeção e esclarecer em detalhe o processo de travessia vascular do parasita.
Em colaboração com o laboratório especializado em biologia vascular liderado por Cláudio Franco, no Católica Biomedical Research Centre, Portugal, a equipa vai explorar como os parasitas tiram partido dos vasos sanguíneos. Este conhecimento poderá abrir novas estratégias de tratamento para doenças causadas pelo parasita Trypanosoma, bem como para outras patologias que possam utilizar mecanismos semelhantes, como a formação de metástases no cancro e a inflamação.

"Este financiamento apoia um projeto verdadeiramente interdisciplinar, que junta as áreas de parasitologia e biologia vascular. Compreender o papel da vasculatura na tripanossomíase permitirá entender melhor como esta doença pode ser crónica por vários anos e escapar aos testes diagnósticos convencionais", afirma Luísa Figueiredo.

“O reconhecimento da Fundação “la Caixa” vai apoiar a sinergia produtiva entre os laboratórios liderados por mim e pela Luísa Figueiredo, na interface entre a parasitologia e a biologia vascular. Este financiamento generoso vai ajudar a descobrir novos mecanismos de travessia dos vasos sanguíneos, o que poderá contribuir para o tratamento da tripanossomíase e das metástases no cancro”, acrescenta Cláudio Franco, colaborador neste projeto.

Bio: Luísa Figueiredo é Investigadora Principal no Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular e Professora Associada Convidada na Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa. A sua investigação é focada em tripanossomas africanos, parasitas responsáveis pela doença do sono em humanos e pela nagana em gado. O seu laboratório ganhou reconhecimento internacional ao descobrir que estes parasitas se adaptam funcionalmente a tecidos específicos, revelando um aspeto desconhecido do seu ciclo de vida. É autora de mais de 51 artigos revistos por pares (mais de 2400 citações, H-index 25), abordando tópicos como a regulação epigenética em Trypanosoma brucei, o tropismo tecidual, o controlo circadiano do metabolismo e a regulação transcricional da diferenciação. Antiga bolseira da Organização Europeia de Biologia Molecular (EMBO), Luísa Figueiredo foi recentemente eleita membro da organização. A sua investigação foi financiada pelo Howard Hughes Medical Institute (2012), pelo Conselho Europeu de Investigação (2017) e pela Fundação "la Caixa" (2020, 2023). Desempenhou ainda um papel importante na criação do grupo institucional de trabalho para a Equidade, Diversidade e Inclusão.

Marc Veldhoen, GIMM

Uma nova estratégia para modular a ação dos linfócitos T e prevenir respostas imunes hiper-reativas

As doenças infeciosas e inflamatórias, cuja prevalência está a aumentar a nível global, são uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo. Muitas destas patologias estão relacionadas com a atividade dos linfócitos T, um tipo de glóbulo branco responsável por coordenar a resposta imune contra agentes patogénicos. Por vezes, estas células defensivas reagem de forma exagerada, o que pode levar ao desenvolvimento de condições graves, como a fibrose, a doença pulmonar obstrutiva crónica ou a asma.

Para evitar estas complicações usam-se frequentemente fármacos imunossupressores de amplo espectro, que atuam de forma generalizada, mas têm efeitos secundários significativos e aumentam o risco de infeções. Assim, é necessário desenvolver novas opções terapêuticas que inibam seletivamente a atividade dos linfócitos T.

A equipa de Marc Veldhoen já descobriu um fator essencial para a ativação destas células de defesa. No projeto agora financiado pela Fundação “la Caixa”, em colaboração com Silvia Almeida, do Co-Lab AccelBio, especialista em descoberta de fármacos, os investigadores vão explorar este fator como um novo alvo terapêutico para identificar fármacos capazes de modular a resposta dos linfócitos T sem afetar o restante funcionamento protetor do sistema imunitário. Este projeto poderá fornecer ferramentas para evitar os efeitos secundários comuns no tratamento de doenças infeciosas e inflamatórias.
“Estou muito grato por ter recebido mais uma bolsa de prestígio da “la Caixa” Health Research para a nossa proposta, que reflete o apoio essencial da Fundação “la Caixa” e o seu compromisso com a investigação pioneira e inovadora. Esta bolsa permitirá avançar num projeto muito promissor sobre o controlo de respostas inadequadas das células T em doenças inflamatórias imuno-mediadas”, afirma Marc Veldhoen.

Bio: Marc Veldhoen é Investigador Principal no Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular e, desde 2018, Professor de Imunologia Básica na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. A sua investigação centra-se na biologia das células T, especialmente das células T residentes nos tecidos. Veldhoen possui um Mestrado em Biologia Médica pela Faculdade de Medicina da Universidade de Utrecht e um Doutoramento em Imunologia pelo National Institute for Medical Research (NIMR), em Londres, Reino Unido. Completou o seu pós-doutoramento no NIMR, onde estudou a diferenciação de células T auxiliares. Em 2010, criou o seu próprio grupo de investigação em Cambridge, Reino Unido, focado nas células T mucosas, com o apoio de uma bolsa de consolidação do Conselho Europeu de Investigação (ERC) e uma distinção como Jovem Investigador da Organização Europeia de Biologia Molecular (EMBO). Em 2016, aceitou o cargo de ERA Chair no Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, onde continuou a sua investigação na biologia das células T, especialmente nos tecidos, com o apoio de uma bolsa “la Caixa” Health Research (2019).

Tiago Beites, i3S

Utilizar ácidos gordos livres do hospedeiro para esterilizar infeções por Mycobacterium tuberculosis

A tuberculose é, atualmente, a doença infeciosa mais mortal, sendo responsável pela morte de mais de 1 milhão de pessoas todos os anos. Embora eficaz, o tratamento é longo, exige a toma diária de múltiplos fármacos e está associada a efeitos adversos graves, o que dificulta a adesão ao tratamento por parte dos doentes. A interrupção do tratamento contribui em grande parte para a mortalidade da doença e promove o desenvolvimento de resistência a antibióticos. A situação é ainda mais grave em países com economias mais frágeis, onde os antibióticos necessários nem sempre estão disponíveis. O desenvolvimento de estratégias que possam encurtar a duração do tratamento é, portanto, de extrema importância nos esforços para erradicar a tuberculose.

O Mycobacterium tuberculosis, a bactéria causadora da doença, gera focos de infeção caracterizados pela acumulação de lípidos. Esta característica impôs uma pressão seletiva para que o M. tuberculosis utilize os lípidos como fontes de carbono e energia. No entanto, alguns lípidos, como os ácidos gordos livres, são também potentes agentes antimicrobianos. Os investigadores descobriram anteriormente mecanismos utilizados pelo M. tuberculosis para consumir de forma segura os ácidos gordos livres. Neste projeto, os investigadores vão estudar os mecanismos moleculares que medeiam esta adaptação fundamental ao hospedeiro e identificar alvos terapêuticos promissores que possam ser utilizados para o desenvolvimento de novos medicamentos.

“O Mycobacterium tuberculosis tem co-evoluído com os humanos há milénios. É um agente patogénico muito bem-sucedido porque evoluiu para enganar o nosso sistema imunitário de formas muito criativas. Neste projeto, pretendemos aplicar a mesma estratégia, mas no sentido inverso, enganando o M. tuberculosis de forma a que a própria dieta se torne tóxica. Esta é uma estratégia que pode validar novos alvos terapêuticos e, num futuro próximo, aumentar as nossas opções de tratamento num esforço para erradicar a tuberculose”, explica Tiago Beites.

Bio: Tiago Beites completou a sua licenciatura em Biologia na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto em 2007 e o doutoramento na mesma universidade em 2013. Em 2015, iniciou o seu trabalho de pós-doutoramento na biologia fundamental do agente patogénico humano Mycobacterium tuberculosis no laboratório da Professora Sabine Ehrt na Weill Cornell Medicine (Nova Iorque, EUA). De 2020 a 2023, foi Instrutor e depois Professor Assistente na Weill Cornell Medicine (Nova Iorque, EUA). Em julho de 2023, iniciou uma nova fase da sua carreira como Investigador Auxiliar no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S). Atualmente, Tiago Beites coordena uma equipa, cuja investigação tem como objetivo entender a biologia de alvos terapêuticos de agentes patogénicos, com especial foco no  M. tuberculosis.

Sobre o Concurso CaixaResearch:

O Concurso CaixaResearch atribuiu €25.7 milhões aos projetos selecionados, tendo 29 bolsas sido captadas por investigadores em Portugal. Este financiamento irá apoiar os estudos científicos  ao longo dos próximos três anos.

Para esta edição do concurso foram submetidas 580 propostas, reflexo da sua missão, de destacar e fomentar projetos que incorporem excelência científica, enorme potencial e profundo impacto social, abrangendo investigação básica, clínica e experimental pioneiras.

O Concurso CaixaResearch colabora estreitamente com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), o organismo público português que apoia a ciência, a tecnologia e a inovação, em todos os domínios científicos. Nesta edição, a FCT financia 3 dos 9 projetos portugueses selecionados, contribuindo com quase €2.5 milhões de euros.

O apoio financeiro concedido aos projetos escolhidos é categorizado em duas categorias:

1.    Até €500.000, num período de três anos para projetos apresentados por uma única entidade de investigação.
2.    Até €1.000.000 durante três anos para projetos apresentados por consórcios, constituídos por 2 a 5 instituições de investigação.

Desde a sua criação em 2018, a Fundação “la Caixa” destinou 145.7 milhões de euros a 200 projetos de investigação inovadores com impacto social significativo. Destes, 63 foram liderados por grupos de investigação portugueses. Este é, atualmente, o concurso filantrópico mais importante para investigação das áreas da biomedicina e da saúde em Portugal e Espanha. Um painel de especialistas internacionais avalia meticulosamente as propostas de cada edição, realizando entrevistas com os candidatos pré-selecionados e selecionando os projetos mais promissores.

 

Texto do Hedi Young, Science Writer e Content Developer da Equipa de Comunicação, Eventos e Outreach da Fundação Champalimaud em parceria com as equipas de comunicação do GIMM e i3S.
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