27 Outubro 2023
Num avanço significativo no sentido de priorizar a saúde da mulher, a Câmara Municipal de Lisboa assinou um acordo com a Fundação Champalimaud para a realização gratuita de rastreios do cancro da mama.
Este acordo, formalmente assinado ontem numa cerimónia que decorreu no Edifício dos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Lisboa, vai permitir que mulheres com menos de 50 anos, façam rastreios gratuitos ao cancro da mama. Esta iniciativa, que deverá ser implementada até ao final do ano, visa combater o aumento alarmante da incidência do cancro de mama entre as mulheres mais jovens.
O programa permitirá às mulheres residentes em Lisboa, realizar mamografias, sem questões burocráticas associadas. Este programa visa principalmente mulheres com menos de 50 anos, mas é importante referir que as mulheres mais velhas também terão a oportunidade de beneficiar desta iniciativa. Os rastreios serão realizados nas instalações dos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, nas Olaias, com um equipamento de mamografia cedido pela Fundação Champalimaud.
A importância da deteção precoce no tratamento do cancro da mama é inquestionável. Dado que a incidência do cancro da mama entre as mulheres mais jovens aumentou significativamente, esta colaboração procura dar uma resposta concreta a um problema real, promovendo o rastreio precoce.
Leonor Beleza, Presidente da Fundação Champalimaud, enfatizou o impacto do diagnóstico precoce, afirmando: “A possibilidade de tratar com sucesso o cancro da mama, quando detetado numa fase precoce, é completamente diferente”. Espera-se que este programa torne mais acessível, às mulheres mais jovens, a realização proativa de rastreios, aumentando assim as suas hipóteses de uma intervenção precoce e tratamento bem-sucedido.
O esforço conjunto da Fundação Champalimaud e da Câmara Municipal de Lisboa, que representa um importante passo na luta contra o cancro da mama, afirma-se como complementar aos programas de rastreio já estabelecidos pelo Serviço Nacional de Saúde e pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, sublinhando a importância da implementação de medidas de saúde coordenadas e integradas.
O protocolo ontem assinado estará em vigor até 31 de dezembro de 2025, com possibilidade de renovações anuais posteriores.
