Num dia quente de verão, numa sala escura, uma câmara de vídeo filma um casal a praticar o mais velho jogo da natureza: o cortejamento. O macho canta e persegue a fêmea, quando de repente surge da extremidade posterior desta um longo órgão tubular. A primeira reacção do macho é recuar, mas logo a seguir, volta para investigar. Será este um sinal de que a fêmea está interessada em passar para a fase seguinte, ou deve ele tentar a sua sorte com outra fêmea?

De cardumes de peixes a manadas de antílopes e até a sociedades humanas, uma das muitas vantagens de viver em grupo é a segurança que lhe é/está inerente. Cercados pelos seus pares, os indivíduos podem diminuir a vigilância e participar calmamente noutras atividades, como procurar alimento ou ver vídeos no youtube.

Para estudar como o microbioma afeta o comportamento do hospedeiro, um grupo de investigadores do Centro Champalimaud, realizou um conjunto de experiências onde combinou o modelo animal da mosca da fruta com ferramentas de alta tecnologia para mostrar que duas bactérias intestinais estabelecem um tipo de metabolismo baseado em alimentação cruzada que lhes permite, por um lado, multiplicar-se em dietas que carecem dos nutrientes essenciais para o seu crescimento e, por outro, alterar o comportamento alimentar e a reprodução do hospedeiro.

Esta descoberta desencadeou uma nova linha de investigação dedicada ao estudo de estratégias alimentares capazes de prevenir o declínio da fertilidade relacionado com a idade e com doença oncológica.

O Conselho Europeu de Investigação (ERC, do inglês European Research Council) anunciou a lista dos vencedores das Starting Grants de 2020. Este é um esquema de financiamento extremamente competitivo que seleciona promissores cientistas no início de carreira, com excelentes trabalhos no currículo e propostas de investigação excepcionais.

Costuma dizer-se que as experiências na infância definem o comportamento na idade adulta; que acontecimentos dos quais podemos até nem nos lembrar podem ter efeitos duradouros, talvez até permanentes. No novo artigo da Champalimaud Research, publicado no jornal Current Biology, estudos no peixe-zebra revelaram que as experiências sociais durante a primeira semana de desenvolvimento impactam o comportamento num nível larval inicial, antes que os peixes sejam considerados 'sociais'. Isso sugere que essas experiências são marcantes para os peixes muito mais cedo do que se pensava.

O sistema imunitário protege-nos do ataque dos agentes patogénicos. Cientistas descobriram recentemente que em algumas ocasiões o sistema nervoso também informa as defesas sobre infeções que existem no organismo.

Este diálogo entre neurónios e defesas, conhecido como sistema neuroimune, regula o bom funcionamento dos órgãos e protege-nos de doenças, muitas das quais não têm uma causa clara nem dispõem de tratamentos eficazes.

Sejam intrépidos aventureiros no Ártico ou compradores com longas listas de supermercado, todos nós, de vez em quando, precisamos explorar um novo ambiente. Esta capacidade de explorar um local, encontrar comida e outros recursos, é algo essencial à sobrevivência.

Nesta nova investigação é descrito um mecanismo neural que ajuda os ratinhos a encontrarem o seu caminho - e revela o papel surpreendente de uma região do cérebro normalmente associada ao medo (a amigdala).